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terça-feira, 27 de julho de 2010

Novos moradores chegam ao bairro 17 de Março

Gilvânia Bezerra, dona de casa, mãe de cinco filhos. Tânia Vasconcelos, mãe solteira de três filhos. Maria Aparecida da Silva, também dona de casa, dois filhos. Janicléia dos Santos, mãe de primeira viagem. Quatro mulheres diferentes, mas com realidades muito parecidas. Todas moravam em habitações precárias no Morro do Avião, no bairro Santa Maria, e tinham um grande sonho em comum: ter a sua casa própria.

Nesta segunda-feira, 26, o maior desejo dessas quatro mulheres e de mais 400 famílias do Morro do Avião começou a se tornar realidade. No início da manhã teve início a transferência dos moradoresdaquela área de invasão, considerada de alto risco, para casas próprias no bairro 17 de Março, um bairro modelo construído pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).

 (Fotos: Alejandro Zambrana)

Ao chegar no local onde foram construídas as casas, o morador é encaminhado a uma central, onde é recepcionado por uma equipe da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat). "As pessoas chegam aqui munidas do comprovante do sorteio realizado pela prefeitura, juntamente com os documentos de identificação. Em seguida, assinam a ficha de remanejamento e são encaminhadas para suas casas", explica Kelly Daltro, funcionária da Fundat.


Desde o início da manhã, trabalham no local, além dos funcionários da Fundat, equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) e do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Santa Maria. As 404 famílias devem ser acomodadas no bairro 17 de Março até o final desta semana. A cada dia cerca de 60 famílias serão instaladas nas novas casas.
 
Vida precária

Há seis anos morando no Morro do Avião, a dona de casa Maria Aparecida da Silva conta como era o local onde vivia. "No meu barraco não tinha nem banheiro. Quando chovia, a água entrava por baixo da porta e também pelo telhado. Era muito sofrimento", relata ela.


Tendo nos braços o filho Gabriel, de apenas um ano e meio, ela se alegra ao falar que agora, finalmente, a criança vai ter espaço para aprender a andar. "Onde eu morava, era tudo muito pequeno, não tinha como ele caminhar. Agora a vida da gente vai ser muito melhor", anima-se a dona de casa.

Vizinha de Aparecida, a também dona de casa Gilvânia Bezerra lembra como era sua vida no antigo barraco. "Minha casa tinha um vão só, vivíamos no meio do lixo, dos ratos. Quando chovia, a gente ficava com medo de que o morro desabasse em cima do barraco", conta.


Mãe de cinco filhos, ela acredita que a vida vai ser muito mais tranquila na nova casa. "Aqui é muito bom e espero que o local continue assim bonito, e isso vai depender de nós, moradores. Para os meus filhos vai ficar tudo mais fácil, tanto para os estudos quanto para a saúde", afirma Gilvânia.

Sonho realizado

A jovem Janicléia dos Santos, que morava no Morro do Avião há sete anos, não via a hora de ter a sua casa própria. Ela conta que, desde que casou e foi morar na invasão, sua vida tem sido de muito sofrimento. Mas, a partir de hoje, sua realidade começou a ser modificada. Ela foi uma das 404 pessoas beneficiadas com uma nova casa no bairro 17 de Março.

Seu único filho é alérgico e frequentemente precisava ser internado em um hospital da cidade, em decorrência da situação precária em que sua família vivia. "Todo dia eu pedia a Deus para que chegasse o dia que eu tivesse minha casa própria. Esse é o sonho de toda mãe de família", diz Janicléia.


 O antigo barraco, com apenas um compartimento que funcionava como sala, quarto e cozinha, era um cenário de insegurança, principalmente em épocas de chuva. "Já perdi muitos móveis por conta da água que entrava em casa quando chovia. Mas agora tenho certeza de que minha vida vai ser mais feliz", declara.
O mesmo pensamento tem a dona de casa Tânia Vasconcelos, mãe solteira de três filhos e moradora do Morro do Avião há sete anos. "Meu barraco era de tijolo, mas não tínhamos saneamento básico. Quando chovia, a casa enchia de água. Agora vou poder criar meus filhos com mais tranquilidade", conta Tânia.

 
Fonte: AAN

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