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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ex-aluna do Peti agora é educadora social da PMA

Criado pelo Governo Federal, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) é desenvolvido na capital sergipana em parceria com a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc). O objetivo é retirar as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos do trabalho considerado penoso, perigoso e insalubre, ou seja, qualquer trabalho que põe em risco a saúde e a segurança. Além disso, o programa busca ampliar o universo de conhecimentos da criança e do adolescente por meio de atividades esportivas, culturais, artísticas e de lazer no período complementar à escola.
Fotos: Ascom/Semasc

Em Aracaju, o Peti está contribuindo de maneira positiva na vida de muita gente. É o caso de Gicélia Barreto Nascimento, de 20 anos. Ela começou a frequentar o programa aos 12 anos de idade, e durante as aulas aprendeu sobre valores que carrega consigo em todos os momentos. A jovem conta que fez amizades, participou do grupo de dança e ampliou seu leque de conhecimentos.

"O Peti foi positivo porque fiz amizades com pessoas de diversas idades e tive uma relação saudável com meus educadores. Foi construtivo também porque formamos um grupo de dança, fazíamos coreografias e isso estimulava a criatividade e o respeito ao próximo e às diferenças, uma vez que havia, por exemplo, uma menina surda no grupo. Tínhamos o maior prazer em ensiná-la a dançar", conta Gicélia.


Conquistas

A trajetória de Gicélia é marcada por muitas conquistas, alcançadas com vontade e persistência. "Aos 15 anos passei no Cefet [Centro Federal de Educação Tecnológica] e tive que deixar o Peti. Cursei química de alimentos, depois prestei vestibular para fonoaudiologia e passei. Fui aprovada também no concurso da Prefeitura Municipal de Aracaju para Educadora Social e estou amando", comemora.


Hoje como educadora, Gicélia diz ter uma visão diferente da época em que estava no Peti. Hoje ela sabe que crianças e adolescentes têm grande potencial e são capazes de proporcionar um futuro melhor para eles mesmos e para suas famílias. "Eu vejo que eles têm um potencial enorme e só falta acreditar neles mesmos. No meu trabalho sempre tento mostrar isso. Passo sempre para eles que o Peti é parte da vida deles, e aqui esquecemos dos problemas e aprendemos a lidar com as diferenças e a respeitar o próximo", diz.

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