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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um pouco mais sobre o Aterro Sanitário Metropolitano

Um problema recorrente nas grandes áreas metropolitanas é a questão do lixo. Na capital sergipana registra-se atualmente a produção diária de 470 toneladas de resíduos sólidos. Por isso, torna-se vital garantir o acomodamento correto desses materiais, com a adoção de empreendimentos socioambientais adequados e que também atendam as normas e legislações vigentes para sua destinação.

Depois de realizar uma série de estudos técnicos, a Prefeitura de Aracaju optou pelo gerenciamento do lixo por meio da construção de um aterro sanitário. No ano de 2009, foi formalizado o Consórcio Metropolitano Integrado, pelos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. O Consórcio, que começou a ser discutido em 2007, tem o aval dos prefeitos das três cidades e seu objetivo é dar o destino adequado aos resíduos sólidos urbanos. Por meio uma série de análises técnicas, foi definida a área situada no município de Nossa Senhora do Socorro, ao lado da lixeira da Palestina, para a construção do aterro sanitário metropolitano.

O terreno do empreendimento, com cerca de 60 hectares, foi avaliado como um local estratégico para a instalação do aterro por apresentar diversas condições favoráveis. Dentre elas, as facilidades de acesso dos veículos coletores à área de despejo, a possibilidade de isolamento do local para o público externo, a distância de aproximadamente 13,4 Km dessa área com o aeroporto Santa Maria e a distância mínima de 500m do núcleo de povoamento mais próximo.

O relatório de impactos ambientais está 
disponível aos interessados

Além disso, as condições topográficas e o afastamento seguro das regiões aquíferas também contribuíram para a instalação do projeto. O lençol freático mais próximo possui uma distância de três metros da superfície inferior ao aterro, qualquer tipo de curso d'água está a uma distância mínima de 200m da região e o solo dessa área possui sedimentos muito pouco permeáveis que impediriam a infiltração das águas superficiais para as partes subterrâneas.

o contrário dos lixões e dos aterros controlados, os aterros sanitários têm um projeto de engenharia, com controle e monitoramento dos impactos ambientais. É o método de destinação de lixo mais recomendado em todo o mundo porque minimiza as agressões à natureza, além de reduzir os impactos sociais. O aterro sanitário atende a legislação e as normas técnicas vigentes hoje no Brasil, e ainda busca assegurar a saúde pública.

O aterro irá receber apenas lixo doméstico e resíduos de saúde já tratados. Materiais provenientes da construção civil serão destinados aos Ecopontos, para a coleta seletiva. São 17 localidades escolhidas para a instalação dos Ecopontos, além do Projeto Piloto de Compostagem, que irá produzir adubo para ser utilizado em praças e canteiros. Além disso, o projeto prevê a instalação de uma usina de reciclagem e de uma associação de catadores, o que vai gerar empregos e melhorar a renda de centenas de famílias.

Impasse

Mesmo com um minucioso estudo realizado pela empresa de consultoria em meio ambiente e geologia Terra Viva, engenheiros e analistas ambientais da Administração Estadual do Meio Ambiental (Adema) ainda discordam sobre alguns pontos do parecer técnico da instalação do aterro na área da Palestina. Um dos principais impasses refere-se à existência de lençóis freáticos abaixo do terreno escolhido.

Foto: Sílvio Rocha

Entretanto, segundo explica o geólogo Derlan Ortiz, responsável pelo acompanhamento do projeto executivo, os estudos realizados pela empresa de consultoria não detectaram a presença desses lençóis. Se depender da administração municipal, o impasse sobre a construção do aterro sanitário será rapidamente resolvido. Segundo o prefeito Edvaldo Nogueira, o projeto vem sendo discutido há mais de três anos e essa sempre foi uma das pautas de discussões levantadas pela atual gestão.

E o Prefeito de Aracaju vem discutindo a implantação do aterro não apenas com técnicos e especialistas, mas também com a comunidade. Desde setembro de 2010, Edvaldo Nogueira vem lançado o debate junto à sociedade, apresentando o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima) do aterro sanitário da Grande Aracaju.

Com informações: http://www.aracaju.se.gov.br

Assista ao vídeo: http://migre.me/5vhb2


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